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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O amigo do Oni - pt1

Há muitos e muitos anos, havia uma rocha enorme perto de uma aldeia. Certo dia, um dos moradores da localidade teve uma experiência estranha. Quando passava perto da rocha, ouviu uma voz sair de dentro dela. O acontecido espalhou-se rapidamente entre os aldeões e muitas pessoas foram ao local para confirmar a história. Ao ouvir vozes, pensaram que havia pessoas falando atrás da rocha, porém logo verificaram que não havia ninguém por lá. Então, passaram a chamar a enorme pedra de Rocha Misteriosa.

Certa ocasião, um samurai chamado Sasaya Hirokazuemon passou pela aldeia montado em seu belo cavalo. Quando passava pela rocha, sentiu sonolência e resolveu descansar a sua sombra. Amarrou o cavalo num arbusto e tirou uma soneca.

De repente, acordou com o relincho de seu cavalo. Ficou surpreso ao ver que seu cavalo havia diminuído de tamanho e estava sendo sugado para dentro de um pequeno furo na rocha. Os olhos do samurai ficaram perplexos ao ver que milhões de formigas estavam na corda puxando o cavalo. Então, o guerreiro agarrou a rabo do animal, que já estava totalmente arrastado para o furo. Mal agarrou a cauda, o samurai também encolheu de tamanho e foi arrastado para dentro do buraco. O samurai sentiu que estava sendo arrastado por um redemoinho profundo de cores e formas diversas.

As formigas desapareceram e o samurai e o cavalo foram deixados sobre um platô, dentro do buraco da rocha. Hirokazuemon percebeu que havia um vale a sua frente e nele uma pequena aldeia com algumas casas, plantações e pessoas trabalhando na lavoura. Notou também que havia seres com chifres na cabeça vigiando as pessoas que trabalhavam como escravos.

– Acho que estou na terra dos Oni (demônios).

Nesse momento, um ser muito feio aproximou se do samurai. Receoso, o homem tratou de demonstrar amabilidade pensando em salvar sua pele.

 – Gostou do meu cavalo? Podem ficar com ele!

– O que está dizendo? Nos oferece o seu cavalo amavelmente. Quanta gentileza, o cavalo será muito útil a nossa lavoura. Aqui, a terra é muito dura e precisa ser removida – disse o demônio, demonstrando bom humor.

Hirokazuemon sentiu-se aliviado, pois tudo indicava que o demônio não pretendia acabar com sua vida. O monstro pegou as rédeas do cavalo e disse:

– Vou lhe dar algum dinheiro em troca do cavalo. Vocês humanos sempre estão precisando de dinheiro.

O samurai ficou admirado com a grande quantidade de dinheiro que o demônio lhe deu. Era equivalente ao preço de muitos e muitos cavalos...

O amigo do Oni - final



Só peço que nunca mencione a ninguém, a existência deste lugar – disse o demônio antes de se afastar, levando o cavalo.
O samurai que ficou rico resolveu abandonar sua função no castelo, e estabeleceu-se numa aldeia próxima, onde adquiriu uma bela casa. Passava o dia inteiro sem fazer nada e bebendo saquê nas tavernas. Não tardou muito para que o dinheiro ganhado do demônio fosse totalmente gasto. Assim, tornou-se um pobre beberrão.

Como não tinha mais dinheiro, o taverneiro negou-se a vender-lhe saquê, alegando que ele não tinha como pagar. 

Então, o ex-samurai, que já tinha bebido bons goles a custa dos aldeões, disse orgulhoso:
– Sou amigo do Oni, posso conseguir muito dinheiro quando quiser!

Os homens que estavam bebendo na taverna riram da declaração de Hirokazuemon. Inconformado, ele reagiu, quebrando a promessa que havia feito ao demônio.

– Vocês estão duvidando? Pois digo que a morada dos demônios é abaixo da Rocha Misteriosa. Eles me dão quanto dinheiro eu necessitar, só preciso que me arranjem um cavalo.

Os aldeões riram bastante quando Sasaya Hirokazuemon contou toda história. Porém, como estavam todos eufóricos, resolveram levar avante a brincadeira. Trouxeram um cavalo e exigiram que o homem provasse o que estava dizendo.

Quando chegaram junto à Rocha Misteriosa, procuraram exaustivamente pelo furo, mas nada encontraram. De repente, Hirokazuemon experimentou um sentimento estranho – como se alguém estivesse rindo dele de modo horripilante. Os aldeões tiveram a mesma sensação e, arrepiados de medo, saíram correndo do local.

Hirokazuemon sentiu-se arrastado por um redemoinho profundo e multicolorido. Quando retomou os sentidos, estava ajoelhado diante do demônio. Ao levantar os olhos, descobriu que estava diante de um tribunal sendo julgado. Era a corte de Emma-o, o Rei do Inferno, que, naquele momento, ditou a sentença:

– Este homem gastou inutilmente todo dinheiro que lhe demos. Não praticou nenhuma boa ação e não deu um centavo sequer aos necessitados. Por isso, está condenado ao trabalho forçado eternamente em nossa lavoura.

Naquele momento, Sasaya Hirokazuemon entendeu que o dinheiro recebido era uma chance que os demônios estavam lhe dando para mudar de vida. Porém, infelizmente, ele a havia desperdiçado.

A divinidade do Monte Fuji

Na segunda década do ano mil, a aldeia de Kamiide, na província de Suruga, no Japão, foi tomada por um surto de varíola. As pessoas ficaram muito mal e começaram a morrer seguidamente. Todos os dias, havia lamentações pela perda de entes queridos por parte de seus familiares. Nessa ocasião, a mãe de um jovem aldeão chamado Yosoji também caiu doente, trazendo-lhe grande preocupação. Então, o moço procurou um mago de nome Kamo no Yamakiko em busca de cura.
O mago disse ao jovem que procurasse um riacho a sudoeste do Monte Fuji.
– Na nascente desse riacho, existe um santuário dedicado a Okinaga Sukuneo, o deus da Longevidade. Tome dessa água e leve-a para sua mãe beber. Essa água é um santo remédio.
O jovem, então, cheio de esperança, caminhou mata adentro, enfrentando grandes perigos, pois, naquela época, a floresta em torno do Monte Fuji era habitada por animais selvagens.
Depois de uma árdua e demorada caminhada, chegou a um ponto onde a trilha se dividia em três rumos a tomar. Enquanto tentava decidir em qual direção deveria seguir, apareceu por lá uma belíssima jovem vestida de branco, que disse:
– Sei que você é um filho dedicado. Não mede esforços em busca da cura para enfermidade de sua mãe. Siga-me, que levarei você até a nascente do riacho.
Os dois penetraram na floresta e andaram durante muito tempo. Finalmente, chegaram a um Torii (portal sagrado) próximo de uma rocha de onde jorrava um fio de água. Essa fonte era o santuário natural dedicado ao deus da Longevidade.
– Beba a água e encha a cuia para levar para sua mãe – disse a linda jovem.
Depois, ela acompanhou Yosoji até o ponto onde se encontraram e recomendou:
– Estarei lhe esperando daqui a três dias, pois você vai precisar de mais goles desta água para sua mãe.
Depois de cinco visitas ao santuário do deus da Longevidade, acompanhado da bela jovem, Yosoji estava muito feliz, porque sua mãe havia melhorado e também os vizinhos a quem ele distribuiu a água. Quando contou a sua mãe todo o ocorrido, ela lhe disse que gostaria de saber o nome de tão bondosa criatura.
Os aldeões mostraram-se agradecidos e foram reverenciar o bravo Yosoji e o mago Kamo no Yamakiko com muitos presentes. O moço, porém, sentiu que deveria agradecer à linda jovem que o guiou para que pudesse encontrar a fonte sagrada. Assim, resolveu voltar ao santuário do deus da Longevidade, na esperança de encontrar a bela mocinha.
Ao chegar no local, viu, surpreso, que a fonte havia secado. Sentiu uma grande tristeza e, ajoelhado, rezou pedindo ao deus da Longevidade que lhe proporcionasse um encontro com aquela jovem, pois queria agradecer por tudo que ela havia feito por sua mãe e pelos aldeões. Quando se levantou, viu que a moça estava em sua frente.
– Você não devia ter vindo aqui. Sua mãe e os aldeões estão curados, portanto não há razão para você vir até aqui.
– Eu vim porque ainda não lhe agradeci suficientemente pelo pronto restabelecimento de minha mãe e de todos os aldeões.
Assim, o moço agradeceu em seu nome e de toda aldeia pela ajuda que ela havia prestado. Em seguida, expressando um desejo de sua mãe, perguntou o nome dela.
– Meu nome pouco importa. E o que fiz dispensa agradecimentos. Eu guiei você até a fonte porque o deus da Longevidade me pediu. Disse-me ele que seu amor de filho é algo tão admirável que merecia ajuda. De sorte, você ajudou toda a aldeia, tanto que a fonte chegou a secar. Mas ela voltará a verter águas sagradas quando o povo necessitar novamente de ajuda e surgir outra alma bondosa como a sua querendo auxiliar seus semelhantes.
Em seguida, sem dizer seu nome, mas sempre com um sorriso amável, a bela jovem de branco sacudiu um ramo de camélias, como se estivesse chamando alguém. Em resposta ao aceno florido, desceu uma pequena nuvem do Monte Fuji na direção onde eles estavam. A linda jovem subiu na nuvem e esta se locomoveu levemente com uma pluma. Carregando a jovem, transportou-a em direção do monte sagrado. Vendo-a flutuando no espaço sobre a nuvenzinha, Yosojo entendeu que seu guia havia sido ninguém menos que Sengen-sama, a deusa do Monte Fuji. Então, caiu de joelhos e ficou claro porque toda a aldeia havia recebido uma grande graça. A deusa, como lembrança, atirou lá do alto o galho de camélias floridas.
Yosoji apanhou o galho e plantou-o com carinho. Em pouco tempo, a planta transformou-se em uma grande árvore e, perto dela, foi erguido um santuário. O povo passou a adorar a árvore e dizem que o chá das folhas desse pé de camélia é, ainda nos dias de hoje, um santo remédio para muitos males.

Castelo de Nagoya






O Castelo de Nagoya (名古屋城; -jō) localiza-se em Nagoya, na Província de Aichi, no Japão.

História

A sua primitiva estrutura foi erguida por Shiba Yoshimune, por volta de 1525. Foi conquistado por Oda Nobuhide a Imagawa Ujitoyo em 1532, porém abandonado posteriormente.
Em 1610 Tokugawa Ieyasu ordenou aos diversos daimio que o auxiliassem na construção de um novo castelo no local. Essa nova estrutura foi concluída em 1612. Até à Era Meiji, este foi o lar do clã Owari da família Tokugawa.
Sobre a cúpula do castelo encontram-se os dois delfins dourados (kinshachi, em japonês), que se afirma serem um símbolo da autoridade do senhor feudal.
Durante a Segunda Guerra Mundial o castelo foi completamente destruído por um incêndio, perdendo-se a maioria de seus objetos de valor; contudo algumas pinturas sobreviveram e encontram-se preservadas até aos nossos dias.
Os trabalhos de reconstrução do castelo foram concluídos, modernamente, em 1959.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Heian

O período Heian (japonês: 平安時代, Heian-jidai, "período da paz") é a última divisão da história clássica do Japão, situando-se entre os anos 794 e 1185. Foi o período da história japonesa em que o confucionismo e outras influências da cultura chinesa estavam em sua plenitude. O período Heian é considerado o auge da corte imperial japonesa, e foi um período voltado para o desenvolvimento das artes, especialmente poesia e literatura.

História

O período Heian teve início em 794, após a mudança da capital do Japão para Heian kyō (atualmente Kyoto), pelo quinquagésimo imperador japonês, Kammu. O período é notório pela ascensão da classe samurai e pelo desenvolvimento de uma cultura muito admirada nos períodos seguintes.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Akechi Mitsuhide

Akechi Mitsuhide - (明智光秀, 1528? - 2 de julho de 1582), apelidado Jūbei Yagyu ou Koretō Hyuga no Kami (惟任日向守), era um samurai e general que viveu durante o período Sengoku do Japão feudal.
Mitsuhide servia ao Daimyo Oda Nobunaga. Fez muitas campanhas vitoriosas em proveito do seu senhor feudal e, depois de muitas humilhações, se revoltou no ano 1582 contra Nobunaga, e o forçou a cometer seppuku.

Primeiros anos e ascensão

Nascido na província Mino, atualmente Prefeitura de Gifu, descendente do clã shugo Toki, Mitsuhide começou a servir Nobunaga após a última conquista da província de Mino, em 1566 e recebeu o feudo Sakamoto (na antiga provínca japonesa de Omi) em 1571. Embora fosse raro que Nobunaga depositasse muita confiança em seus vassalos, ele confiava particularmente em Katsuie Shibata, Hideyoshi Hashiba, e Akechi Mitsuhide. Após ter recebido Sakamoto, Mitsuhide se mudou para pacificar a região de Tamba, derrotando vários clãs, como o Isshiki do Tango

Traições

Em 1579, Mitsuhide capturou o Castelo Yakami, de Hatano Hideharu, mediante um tratado de paz, o que representou o cumprimento de seus objetivos. Porém, Nobunaga traiu o acordo de paz e executou Hideharu. Isto desagradou a família Hatano e, logo em seguida, vários vassalos de Hideharu assassinaram a mãe (ou tia) de Akechi Mitsuhide. A situação foi desencadeada por uma série de insultos públicos de Nobunaga dirigidos para Mitsuhide, fato que inclusive chamou a atenção de alguns observadores ocidentais. Mitsuhide culpou Nobunaga pela morte de sua mãe e, no Incidente de Honnōji, em 21 de junho de 1582, exigiu a sua vingança.
Mitsuhide foi responsabilizado pela morte de Oda Nobunaga. Apesar de não o haver executado pessoalmente, ele o fez cometer seppuku devido à traição e ao subseqüente assassinato de sua mãe. Quando Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu souberam do assassinato, ambos se apressaram para serem o primeiro a vingar Nobunaga e assumir seu lugar. Hideyoshi chegou à Mitsuhide mais cedo, e aliados de Mitsuhide, como Hosokawa Fujitaka, o traíram. Ele sobreviveu por 13 dias até que foi derrotado por Hideyoshi na Batalha de Yamazaki.
Segundo rumores, Mitsuhide foi morto por um camponês armado com uma lança de bambu. Entretanto, também há rumores segundo os quais ele não foi assassinado, mas começou nova vida como um sacerdote de nome Tenkai.

Linhagem

A Família Akechi foi capaz de rastrear sua genealogia até o clã Toki, e deste até o clã Minamoto. Nota-se que Minamoto Yoritomo trouxe a destruição do clã Taira, da mesma forma Mitsuhide trouxe um fim a Nobunaga que, por sua vez, traça seus ancestrais até o clã Taira.
A espada de Mitsuhide é do estilo Tensho. Na realidade, a espada de Tensho Koshirae foi inicialmente concebido para ser uma réplica da espada do próprio Akechi Mitsuhide.

Oda Nobunaga




Oda Nobunaga (em japonês: 織田 信長) Oda Nobunaga (23 de Junho de 1534 - 21 de Junho de 1582) foi um grande daimyo do período Sengoku da história japonesa. Filho de Oda Nobuhide, um guerreiro de menor importância e poucas terras na província de Owari. Nobunaga Oda nasceu em 23 de Junho de 1534 no castelo de Nagoya e foi dado seu nome de infância de Kippōshi (em japonês: 吉法師?). Sua mãe era Gozen Tsuchida esposa de Nobuhide, fazendo ele ser o primeiro filho legítimo; depois disso, aos dois anos se tornou o dono do castelo de Nagoya. Através da infância e começo da adolescência, ele era muito bem conhecido por seu comportamento bizarro e recebeu o nome de Owari no Ooutsuke (em japonês: 尾張の大うつけ Tolo de Owari).
Com a introdução de armas do fogo no Japão, entretanto, ele ficou conhecido por seu afeto pelas armas de fogo Tanegashima. Ele também era conhecido por correr com outros jovens da área, sem qualquer consideração por seu próprio ranking na sociedade.
Nobunaga casou-se com Nōhime, filha de Saitō Dōsan, por estratégia política; contudo, ela não gerava nenhuma criança e foi considerada estéril. Foi as suas concubinas Kitsuno e a Senhora Saka que geravam seus filhos. Foi Kitsuno que deu à luz ao filho mais velho de Nobunaga, Nobutada. O filho de Nobutada, Hidenobu Oda, se tornou o soberano do clã Oda depois das mortes de Nobunaga e Nobutada.
Nobunaga viveu uma vida de contínuas conquistas militares até conquistar quase todo o Japão, quando suicidou-se em 1582.
No que diz respeito à força militar, os sonhos revolucionários de Nobunaga não somente mudaram a maneira de guerrear-se no Japão, mas também, no processo, criaram uma das forças mais modernas do mundo de sua época. Ele desenvolveu, implementou e expandiu o uso de lanças de longo alcance (anticavalaria), armas de fogo, navios blindados e fortificações de castelos, em perfeito ajuste a batalhas envolvendo grande número de guerreiros, o que era comum à época. Nobunaga também instituiu um sistema de classes guerreiras especializadas escolhendo posições para seus súditos e demais cidadãos sob seu julgo de acordo com suas habilidades, e não somente pelo nome, ranking ou relação familiar que tivessem, como tinha sido feito em períodos históricos anteriores. Seus súditos também ganhavam terras de acordo com a quantidade de arroz que pudessem produzir, não pela extensão de suas terras. Esse sistema de organização, em especial, foi muito utilizado e desenvolvido por seu aliado Tokugawa Ieyasu na formação do xogunato Tokugawa em Edo.
O domínio e a grande inteligência de Nobunaga não se restringiam ao campo de batalha, pois ele também era um homem de negócios e entendia muito bem tanto os princípios de micro como os de macroeconomia. Primeiro, para modernizar a economia a partir de uma base agrária para atingir uma com base em manufatura e serviços, ele desenvolveu cidades-castelos que vieram a ser tanto os centros como as bases de economias locais. Em áreas sob seu controle, ele também construiu estradas entre essas cidades-castelos, não só com o objetivo de facilitar o comércio, mas também para que pudesse mover seu batalhões através de grandes distâncias em um curto espaço de tempo. O comércio internacional também foi expandido para além da China e da península Coreana até a Europa, ao mesmo tempo em que o comércio nambam (bárbaro) com as Filipinas, Sião e a Indonésia também era posto em prática.
Nobunaga também implantou medidas rakuichi rakuza como meio de estimular o comércio e a economia em geral. Essas políticas aboliram e proibiram monopólios, além de liberalizarem sindicatos, associações e guildas, que antes eram proibidas por serem vistas por Nobunaga como um impecílio ao comércio geral. Ele também desenvolveu isenções de impostos e estabeleceu leis para regular e facilitar empréstimos.
Ao conquistar o Japão do período Sengoku, Nobunaga acumulou grandes riquezas, gradualmente aumentando seu investimento em arte e cultura, o que sempre lhe tinha interessado. Mais tarde, porém, usou-se delas como mostra de seu poder e prestígio. Construiu vastos jardins e castelos que eram, em si mesmos, grandes obras de arte. Diz-se que o Castelo Azuchi, erigido às bordas do Lago Biwa, é o mais grandioso castelo do Japão, coberto de ouro e estátuas no exterior, e decorado com telas fixas, portas corrediças, paredes e pinturas no teto do lado de dentro feitas por seu súdito Kano Eitoku.
Nobunaga é lembrado no Japão como um dos personagens mais brutais do período Sengoku. Ele adotou o Cristianismo quando a religião infiltrou-se no Japão e a usou como desculpa para perseguir os monges de Ikko. Durante este período, seu súdito e mestre-de-chá Sen no Rikyu criou a cerimónia do chá, que Nobunaga difundiu, originalmente com a intenção de discutir política e negócios. O kabuki moderno também teve seu começo durante esse período, sendo completamente desenvolvido no início do período Edo.
Pelo fato de Nobunaga ser cristão (seu nome cristão era Gerônimo) e pela insensibilidade com que esmagou os Ikkoshu, conclui-se que ele não tinha o menor respeito pela religião tradicional. Em 1571, chacinou cerca de três mil monges do templo Enryakuji, no monte Hiei, um poderoso núcleo político e religioso do início do período Heian, porque aquele mosteiro o desafiara militarmente. Nobunaga era implacável com todo aquele que lhe fizesse frente, mas não deixava de reconhecer a autoridade imperial, nem a autoridade de outros templos e santuários desde que não pusessem em causa a sua hegemonia.
A tentativa de Oda Nobunaga para unificar tenka foi suspensa. Em 1582, enquanto ele e os seus companheiros estavam em Honnoji em Kyoto, Nobunaga foi surpreendido e assassinado por Akechi Mitsuhide, um dos seus principais generais. Os guerreiros de Nobunaga delegaram em Mitsuhide, que foi destronado dois dias depois por outro general de Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi (1536-1598), que lhe sucedeu como o novo tenkajin.
Uma frase pode resumir o estilo de Oda Nobunaga: "Se o pássaro não canta, eu o mato."

 ESSE É ODA NOBUNAGA E SUA HISTORIA.

                                                 Leia o proximo nome:Akechi Mitsuhide

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A carpa que virou dragão







A carpa subindo significa força para alcançar os objetivos e uma carpa descendo significa que os objetivos foram alcançados, a mitologia diz que as carpas sobem o rio para se tornar um dragão na volta, por isso somente carpas descendo podem ter aquela cara de “mau” característico, semelhante a um dragão.
“O Huang Ho (Rio Amarelo) atravessa toda a China. Para atingir sua fonte, a carpa / koi precisa nadar através de vales cheios de cachoeiras até a montanha Jishinhan. A lenda diz que se uma carpa / koi conseguir subir pela cachoeira Longmen Falls (Portão do Dragão), ela se transformará em dragão. Por causa da lenda, as carpas / kois se tornaram um símbolo de sucesso em vida.”
As folhas próximas ao desenho da carpa representam o caminho até os céus que as carpas tem que seguir..