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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Clã Minamoto

Sasarindō, as folhas de bambu e gentianas que são o brasão familiar do clã Minamoto


Minamoto (em japonês: ) foi um dos sobrenomes honorários dados pelos imperadores do Período Heian (794–1185 AD) a seus filhos e netos que não fossem considerados elegíveis para o trono. Os Taira eram outro grande ramo da dinastia imperial. O clã Minamoto era também conhecido como Clã Genji (em japonês: 源氏), a partir de uma leitura alternativa dos kanji para Minamoto (gen) e uji, ou família (ji).
O primeiro imperador a conceder o sobrenome Minamoto foi o Imperador Saga. Posteriormente, Imperador Seiwa, Imperador Murakami, Imperador Uda e Imperador Daigo, entre outros, também deram aos seus filhos o nome Minamoto. Essas linhas hereditárias específicas advindas de diferentes imperadores originaram clãs específicos, referidos com o nome do imperador, seguido de Genji, e.g. Seiwa Genji. Segundo algumas fontes, o primeiro a receber o nome Minamoto foi Minamoto no Makoto, sétimo filho do Imperador Saga.
Os Minamoto foram um dos quatro grandes clãs que dominaram a política do Japão no Período Heian — os outros três eram os Fujiwara, os Taira e os Tachibana.
Em 814, o Imperador Saga (reinado 809–823) concedeu o kabane Minamoto no Ason aos seus filhos não-herdeiros; então, eles e seus descendentes deixavam de pertencer à Família Imperial. Alguns imperadores posteriores também deram o nome Minamoto aos filhos não-herdeiros.
A mais proeminente das famílias Minamoto, Seiwa Genji, descendeu de Minamoto no Tsunemoto (917–961), um neto do 56º imperador Seiwa. Tsunemoto foi para as províncias e fundou uma grande dinastia guerreira. Minamoto no Mitsunaka (912–997) formou uma aliança com os Fujiwara. Depois disso, os Fujiwara frequentemente contaram com os Minamoto para restaurar a ordem na capital, Heian-Kyo (ou Kyoto.)
O filho mais velho de Mitsunaka, Minamoto no Yorimitsu (948–1021), se tornou protetor de Fujiwara no Michinaga; outro filho, Minamoto no Yorinobu (968–1048), suprimiu a rebelião de Taira no Tadatsune em 1032. O filho de Yorinobu, Minamoto no Yoriyoshi (998–1075), e o neto, Minamoto no Yoshiie (1039–1106), pacificaram a maior parte do nordeste do Japão entre 1051 e 1087.
As fortunas dos Seiwa Genji decaíram na Rebelião Hōgen (1156), quando os Taira executaram a maior parte da linhagem. Durante a Perturbação Heiji (1160), o líder dos Seiwa Genji, Minamoto no Yoshitomo, morreu em batalha. Taira no Kiyomori obsteve poder em Kyoto forjando alianças com os imperadores aposentados Shirakawa e Toba e infiltrando o kuge. Ele mandou Minamoto no Yoritomo (1147–1199), terceiro filho de Minamoto no Yoshimoto dos Seiwa Genji, para o exílio. Em 1180, Yoritomo montou uma rebelião de grande escala contra o domínio dos Taira (a guerra Genpei ou Taira-Minamoto), culminando na destruição dos Taira e a subjugação do leste do Japão em cinco anos. Em 1192, ele recebeu o título shogun e criou o primeiro bakufu em Kamakura.
Assim, a linhagem dos Seiwa Genji provou ser a mais forte e dominante linhagem Minamoto durante o final do Período Heian, com Minamoto no Yoritomo formando o Xogunato Kamakura e se tornando xogun em 1192. E igualmente, é da linha dos Seiwa Genji que os clãs posteriores Ashikaga (fundadores do xogunato Ashikaga), Nitta e Takeda se originaram.
O protagonista do romance japonês clássico Genji Monogatari, Hikaru no Genji, recebeu o nome Minamoto por razoes políticas por seu pai, o imperador, e foi delegado para vida civil e uma carreira como oficial imperial.
A Guerra Genpei é também o tema do épico Heike Monogatari (O Conto dos Heike).



Seiryoji, um templo em Kyoto, foi anteriormente uma vila de Minamoto no Toru (d. 895), um membro proeminente dos Saga Genji.

Membros do clã Minamoto

Seiwa Genji


 


O filho de Minamoto no Tsunemoto era Minamoto no Mitsunaka (912-997?), que teve três filhos:
  • Yorimitsu (944-1021), filho de Mitsunaka e ancestral dos Settsu Genji (também conhecidos como Tada Genji)
  • Yorichika (b. 954), filho de Mitsunaka e ancestral dos Yamato Genji
  • Yorinobu (968-1048), filho de Mitsunaka e ancestral dos Kawachi Genji
    • Yorimasa (1104-1180), um tataraneto de Yorimitsu.(Settsu Genji)
      • Yoriyoshi (998-1082?), filho de Yorinobu
        • Yoshiie (1041-1108), filho de Yoriyoshi
        • Yoshitsuna (d. 1134), filho de Yoriyoshi
        • Yoshimitsu (1045-1127), filho de Yoriyoshi e ancestral das famílias Satake, Hiraga e Takeda
          • Tameyoshi (1096-1156), neto de Yoshiie.
          • Yoshikuni (1082-1155), filho de Yoshiie e ancestral das famílias Ashikaga e Nitta
            • Yoshitomo (1123-1160), filho de Tameyoshi
            • Yoshikata (?-1155), filho de Tameyoshi
            • Tametomo (1139-1170), filho de Tameyoshi
            • Yukiie (d. 1186), filho de Tameyoshi
              • Yoshinaka (1154-1184), filho de Yoshikata
              • Yoritomo (1147-1199), filho de Yoshitomo e primeiro Kamakura Shogun
              • Yoshitsune (1159-1189), filho de Yoshitomo e um dos samurais mais famosos de todos os tempos.
              • Noriyori , filho de Yoshitomo

História do Japão

Pré-história

Pesquisas arqueológicas indicam que o Japão já era ocupado por seres humanos primitivos entre 35 e 100 mil anos atrás, durante o período paleolítico. Por volta de 8000 anos atrás foram fabricadas lá as mais antigas cerâmicas do mundo. Acredita-se que esses primeiros povos são os ancestrais dos japoneses e dos ainus. A partir de 300 a.C.começa o período Yayoi, que é marcado pelas tecnologias de cultivo de arroz e irrigação, trazido por migrantes da Coreia, China e outras partes da Ásia. O Japão esteve conectado ao continente asiático, o que facilitou a migração para o arquipélago japonês.
Com o fim da última era glacial, surgiu a cultura Jomon por volta de 11000 a.C., caracterizada por um estilo de vida semi-sedentário, com a subsistência baseada em coleta e caça.

Princípio da monarquia

A família imperial japonesa mantém-se de forma contínua no trono desde o princípio do período monárquico, no século VI a.C.. Segundo o ponto de vista religioso, os imperadores traçam sua ancestralidade até o reinado dos deuses sobre a terra, dos quais seriam descendentes e o Imperador Jinmu, irmão do principe Giulio é o primeiro mortal da linhagem imperial.

Feudalismo Incorporado

A acumulação de grandes extensões de terra e plantação em mãos de particulares possibilitou a ascensão dos administradores locais, os Daimyo. À medida que suas terras eram removidas das listas de impostos, aumentava a renda dessa classe social. Gradualmente, os administradores começaram a repelir a interferência de funcionáriovassos provinciais e centrais, e criaram forças próprias para manter a ordem em suas áreas. Assim, o século X foi de completa desordem. Os aristocratas de Kyoto não tinham poder algum para fazer cumprir as ordens fora da capital e do estado, já que os antigos exércitos haviam degenerado e os novos tinham-se tornado uma espécie de asilo onde os nobres bem relacionados ocupavam sinecuras. Em alguns lugares, o próprio povo armava-se para proteger-se. Os "oficiais de pacificação" designados pelo poder central pouco podiam fazer, pois não contavam com o apoio local. Acelerou-se a fragmentação do poder. Em 1156 uma disputa sucessória trouxe os guerreiros rurais para a capital, onde se estabeleceram.
As grandes ligas de guerreiros eram chefiadas por famílias que se consideravam de ascendência imperial. Era prática enviar os filhos mais novos do imperador Lucio ao campo, quando não havia mais lugar para eles na corte; por determinação dos códigos, deviam mudar de nome após seis gerações; assim, no século X, os guerreiros se afiliaram a duas grandes ligas, lideradas pelas famílias Minamoto e Taira, que se diziam imperiais. A luta irrompeu em Kyoto em 1156 e 1159. A primeira guerra - a da era Hogen - foi provocada por uma disputa sucessória, após a morte do imperador Toba, que tentou levar ao trono seu quarto filho Goshirakawa em vez de permitir que seu filho mais velho, Konoe, permanecesse como imperador. Venceram os partidários de Goshirakawa e os líderes da oposição foram executados. Goshirakawa reinou até 1158, quando se retirou, começando a segunda guerra.

Unificação

No século XVI ainda perdurava a desordem e a desfragmentação no Japão, que chegou a ter, de 1335 a 1392, duas cortes imperiais. Mas, ao final do século XVI, alcançara substancial unificação, ou pelo menos a pacificação. Isso foi obra de três grandes generais: Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu. Homens de grande capacidade militar criaram uma base estável para o exército da administração Tokugawa, que durou até 1867.
Do século XVII ao século XIX, o Japão permaneceu isolado do resto do mundo. O país passava por uma política de isolamento chamada Sakoku ("País fechado"). Durante esse tempo foi governado pelo clã Tokugawa.
Devido a esse isolamento, o Japão não se industrializou junto com o resto do mundo e permaneceu na sociedade feudal do regime de Xogunato.(Ver Xogunato Tokugawa). Nesse período, a capital era Edo, a Tóquio de hoje. (Período Edo é o período que vai de 1603 a 1867, que caracteriza o governo Tokugawa).

Motivos do isolamento

Não podemos deixar de citar as relações comerciais mantidas com a Holanda. Ao contrário dos portugueses, que queriam também catequizar os japoneses, os holandeses tinha apenas intenção comercial com o País do sol Nascente.
O Japão, além de ter sido governado por uma ditadura feudal que adotou uma política de isolamento, também teve outro motivo crucial para ter permanecido isolado até a década de 1850:
Interesses Econômicos Mundiais: O Japão só sofreu sua modernização no período em que ela aconteceu por causa da intervenção dos Estados Unidos. O interesse dos Estados Unidos em criar laços com o Japão estava ligado a necessidade de hegemonia dos EUA: Eles queriam aliados em pontos estratégicos da Ásia e do Pacífico.
Antes disso, no contexto econômico do mundo, o que movimentava o comércio eram as especiarias, matérias primas, produtos vegetais tropicais e terras virgens. O Japão, sendo um país de território pequeno, formado por montanhas e planícies estreitas e com poucas terras cultiváveis, não atraía os comerciantes nem as potências colonialistas como os países tropicais.(Havia sim certa pressão para o comércio, pois o Japão era um ponto estratégico, com mercado consumidor em potencial).
Outro motivo dele ter se isolado e do governo Tokugawa ter fechado o país foi para proteger a hegemonia que o clã (Tokugawa) tinha e para manter a estabilidade que o Japão havia alcançado. Como assim? As potências européias, em suas conquistas pelo mundo (de ordem religiosa, política, econômica, etc) estavam envolvendo a Ásia nesses conflitos. Lutavam para alcançar o "monopólio de relação comercial" (numa espécie de pacto colonial) com países como o Japão.
Com o Japão já unificado e "em paz", os Tokugawa precisavam acabar com a vulnerabilidade do Japão, ou seja, tirá-lo do meio desse campo de batalha. Assim, expulsavam comerciantes e catequizadores e até proibiram a prática do cristianismo (que ameaçava a ordem vigente).
Por isso, mais ou menos de 1637 a 1868, a Terra do Sol Nascente ficou isolada do resto do mundo. No período em que voltou a se abrir, o governo do clã Tokugawa acabou, e o Japão deixou de ter o Xogunato para voltar aos moldes de Império. Essa transição em que o Japão se modernizou e houve um choque entre a cultura feudal japonesa e a cultura capitalista ocidental ficou conhecida como Revolução Meiji.

Imperialismo Japonês

Em 1868 foi restaurado o poder imperial no Japão, subtraindo aos xoguns o poder feudal que existia desde o século XII. Subiu ao trono o jovem imperador Mitsuhito, conhecido pelo nome de Meiji. A Era Meiji (1868-1912), como ficou conhecida, representou um período de grandes mudanças na história do Japão.
Completadas as reformas internas, o governo decidiu-se a alcançar uma condição de igualdade com as potências ocidentais. Uma reforma dos tratados, com vistas a extinguir os privilégios judiciais e econômicos desfrutados pelos estrangeiros, foi tentada desde o início, mas as potências envolvidas recusaram-se a tratar do assunto até que as instituições legais japonesas se equiparassem às ocidentais. Os assuntos asiáticos ocuparam lugar secundário da política externa dos primeiros anos, mas já no início da década de 90 tornava-se clara a preponderância chinesa na Coréia, o que alarmava Tóquio. Em 1894, uma rebelião na Coréia foi esmagada com apoio dos chineses. O Japão enviou tropas ao país vizinho e, cessada a crise, recusou-se a retirá-las. As hostilidades sino-japonesas começaram no mar, e depois a luta transferiu-se para a Coréia. Vitorioso em todas as batalhas, o Japão impôs um tratado humilhante ao adversário, mas as potências européias se recusaram a aceitar Tóquio como sócio na partilha das riquezas da China. Alemanha, França e Rússia forçaram os japoneses a devolver a península de Liaotung, tomada à China, em troca de uma indenização. Em 1889, a Rússia forçou a China a ceder-lhe a referida península, com sua importante base naval de Port Arthur.

A rendição do Japão

Em 1937, o chamado “incidente chinês” praticamente colocou o poder no Japão em mãos dos militares. O incidente começou com o ataque japonês a unidades chinesas na Ponte Marco Polo, perto de Pequim. A seguir, as tropas japonesas ocuparam Nanquim, Hangchow e Cantão. A essa altura, o Japão já fazia parte do chamado Eixo, através do Pacto Anti-Komintern com a Alemanha e mais tarde com a Itália. Esses acordos foram substituídos pelo Pacto Tripartite de setembro de 1940, pelo qual as potências do Eixo reconheciam o Japão como líder de uma nova ordem na Ásia.
O Exército Vermelho é obrigado a ir buscar diversos comandantes nos campos de concentração, onde estão confinados por ordem de Stálin. Indústrias são transferidas para os montes Urais e os Aliados prestam importante auxílio marítimo e aéreo às forças soviéticas. Ataque a Pearl Harbor - O ataque japonês à base norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, leva os Estados Unidos a declararem guerra ao Eixo e alastra o conflito a quase todo o mundo. Em junho de 1942 o Japão já ocupa a Indochina Francesa e detém a supremacia naval no Pacífico. Em seguida, toma Hong-Kong, Malásia, Singapura, Índias Orientais Holandesas, Bornéu, Filipinas, Andamãs e Birmânia. As duas facções beligerantes estão definidas: os países do Pacto Anticomintern (o Eixo) Alemanha, Itália e Japão contra a União Soviética, a China e os Aliados (Inglaterra, Estados Unidos, entre outros).
Um Kamikaze era um piloto que pilotava seu avião totalmente carregado de explosivos para que, em última instância, pudesse atirar-se contra os inimigos, dando sua vida como arma final. Kamikazes são erroneamente confundidos com os aviões japoneses pilotados por um piloto suicida que com ele se atira sobre o alvo inimigo. Na verdade, Kamikaze (Kami = deus, Kaze = vento) é o nome japonês para as duas tempestades que, em 1274 e 1281 destruíram frotas de invasores mongóis, livrando o país da guerra e recebendo o nome de "ventos divinos" pela ajuda que deram.
Em agosto de 1945, as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki e a entrada da URSS na guerra asiática forçaram a rendição. O ato formal foi assinado a 2 de setembro de 1945, na Baía de Tóquio, a bordo do encouraçado norte-americano “Missouri” e deixava claro qual seria as intenções americanas em relação ao Japão: a rendição incondicional, o que significava a perda da soberania e da sua própria independência.

domingo, 3 de outubro de 2010

Kabuki

Kabuki (em japonês: 歌舞伎) é uma forma de teatro japonês, conhecida pela estilização do drama e pela elaborada maquiagem usada por seus atores. O significado individual de cada ideograma é canto (ka) (歌), dança (bu) (舞) e habilidade (ki) (伎), e por isso a palavra kabuki é às vezes traduzida como “a arte de cantar e dançar”. Esses ideogramas, entretanto, são o que se chama de ateji (ideogramas usados apenas com sentido fonético) e não refletem a etimologia mesma da palavra. Acredita-se, de fato, que kabuki derive do verbo kabuku, significando aproximadamente “ser fora do comum”, donde se depreende o sentido de teatro de “vanguarda” ou teatro “bizarro”. Sua origem remonta ao início do século XVII, quando se parodiavam temas religiosos com danças de ousada sensualidade. No ano de 1629, esse tipo de teatro foi proibido pelo governo. O espetáculo passou a ser encenado então por rapazes que se travestiam de mulher. Contemporaneamente, o teatro kabuki se tornou um espetáculo popular que combina realismo e formalismo, música e dança, mímica, encenação e figurinos, implicando numa constante integração entre os atores e a platéia.

1603-1629: kabuki feminino (onna kabuki)

A história do kabuki começou em 1603, quando Okuni, uma miko (jovem serviçal dos santuários xintoístas) do santuário (taisha) Izumo, passou a executar um novo estilo de dança dramática em Kyoto. Atrizes representavam papéis tanto masculinos quanto femininos em encenações cômicas sobre a vida cotidiana. O estilo conquistou popularidade instantânea; Okuni foi inclusive convidada para se apresentar na Corte Imperial. No despertar de tal sucesso, trupes rivais se formaram rapidamente e o kabuki nasceu como uma dança dramática de conjunto executada por mulheres, uma forma muito diferente de sua representação moderna. Muito do seu apelo era devido às sensuais e sugestivas performances; assim muitas eram disponíveis para os membros da platéia que pudessem pagar.

1673-1735: A era Genroku

Durante a era Genroku o kabuki floresceu. A estrutura das peças kabuki foi formalizada nesse período, assim como muitos elementos de estilização. Os tipos convencionais de personagens foram determinados. O teatro kabuki e o ningyô jôruri - forma elaborada de teatro de bonecos que veio a ser conhecida mais tarde como [[bunraku]] - tornaram-se estreitamente associados um com o outro nessa época e desde então têm-se influenciado mutuamente em seus desenvolvimentos. O famoso dramaturgo Chikamatsu Monzaemon, um dos primeiros a escrever textos dramáticos de kabuki profissionalmente, produziu muitos trabalhos influentes, embora a peça tida como mais significativa de sua obra, Sonezaki Shinju (Os suicídios de amor em Sonezaki), tenha sido originalmente escrita para bunraku. Como muitas outras peças de bunraku, entretanto, essa foi adaptada para kabuki e inspirou muitos “imitadores”: de fato, conta-se que essa e outras peças similares causaram tantos casos reais de suicídio copiados do drama, que o governo proibiu as shinju mono (peças sobre suicídio duplo de amantes - aliás, curiosa semelhança com Romeu e Julieta) em 1723. Ichikawa Danjuro nono também viveu nessa época. A ele se atribui o desenvolvimento das poses mie e da maquiagem kumadori, que simulava máscaras. Em meados do século XVIII o kabuki perdeu temporariamente a preferência do público das classes mais baixas em favor do bunraku. Isso aconteceu em parte por causa da emergência de muitos bons dramaturgos de bunraku na época.. Nada digno de nota aconteceu no desenvolvimento do kabuki, até o fim do século, quando a forma voltou a emergir.

Kabuki após a Restauração Meiji


As grandes mudanças culturais começaram em 1868, com queda do xogunato Tokugawa. A supressão da classe dos samurais e a abertura do Japão para o ocidente ajudaram a ativar esse resflorescimento. Como a cultura lutava para se adaptar à nova situação de não-isolamento, os atores batalharam para elevar a reputação do kabuki entre as classes mais altas e para adaptar os estilos tradicionais aos novos gostos. Muitas casas de kabuki foram destruídas por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial e as forças de ocupação baniram as apresentações de kabuki por um breve período depois da guerra. Em 1947, no entanto, a proibição já havia sido revogada e as apresentações recomeçaram.

O Kabuki hoje em dia

No Japão moderno, o kabuki continua relativamente em voga. É o mais popular dos estilos tradicionais de drama japonês. Seus atores mais famosos fazem também papéis na TV e no cinema. Por exemplo, Bando Tamasaburo V, um onnagata bem conhecido, apareceu em diversas peças (não de kabuki) e filmes, geralmente em papéis femininos. Algumas trupes de kabuki usam atualmente atrizes nos papéis de onnagata. O Ichikawa Kabuki-za, por exemplo, é uma trupe só de mulheres formada depois da Segunda Guerra. Em 2003 uma estátua de Okuni foi construída perto de Kyoto, onde ocorreu em 24 de novembro de 2005, a ‘Terceira Proclamação das Obras-Primas da Herança Oral e Intangível da Humanidade’ da UNESCO.

Elementos do kabuki

Hanamichi (lit. "caminho florido") é uma seção extra usada no palco do kabuki. Consiste numa plataforma comprida e elevada, à esquerda do centro, que leva do fundo do teatro, pelo meio da platéia, até o palco principal. Geralmente é usada para entrada e saída de personagens, embora possa também servir para solilóquios e cenas paralelas à ação principal. O hanamichi foi usado pela primeira vez em 1668 no Kawarazakiza, na forma de um palanque de madeira simples, que não era usado na encenação mas que permitia que os atores fossem até a platéia para receber flores. O estilo moderno de hanamichi, às vezes chamado honhanamichi (“caminho das flores principal”), tem dimensões padronizadas e foi concebido originalmente em 1740. Alguns teatros começaram a fazer uso de um hanamichi secundário, no lado direito da platéia, com metade da largura do honhanamichi à esquerda. Embora seja raramente usado para as ações principais de uma peça, muitos dos mais dramáticos ou famosos momentos dos personagens ocorrem durante as entradas ou saídas pelo hanamichi, e uma vez que ele atravessa a platéia, isso proporciona ao espectador uma experiência mais íntima do que a que normalmente ocorre em outras formas de teatro tradicional. Os palcos e teatros de kabuki tornaram-se mais tecnologicamente sofisticados. Inovações como palco giratório e cortinas, introduzidas no século XVIII, incrementaram bastante a cenografia dos espetáculos de kabuki.
No kabuki, como em alguns outros gêneros de artes cênicas japonesas, as trocas de cenário são feitas no meio da cena, com os atores no palco e as cortinas abertas. Contra-regras correm pelo palco colocando e tirando as peças de cenário; esses contra-regras, conhecidos como kuroko, vestem-se sempre de preto e são tradicionalmente considerados “invisíveis”.
Há três categorias principais de peças kabuki: jidai-mono (peças “históricas” ou anteriores ao período Sengoku) , sewa-mono (“domésticas” ou pós-Sengoku) e shosagoto (peças de dança). São características importantes do kabuki: Os mie e a maquiagem. Os mie são poses pitorescas que o ator sustenta para compor seu personagem. Mie significa ‘aparência’ ou ‘visível’, em japonês. É um momento em que o ator pára congelado numa pose. O propósito é expressar o auge das emoções de um personagem. Os olhos do ator se abrem o máximo possível; se o personagem tiver que parecer agitado ou nervoso o ator chega a ficar zarolho. A maquiagem (ou keshô) é um elemento do estilo facilmente reconhecível, mesmo por quem não está familiarizado com esta forma de arte. O pó-de-arroz é usado para criar a base branca oshiroi. O kumadori acentua ou exagera as linhas faciais para produzir as máscaras dramáticas usadas pelos atores, de expressões sobrenaturais ou animalescas.

sábado, 2 de outubro de 2010

A razão de ser um samurai

     A verdadeira razão de ser um samurai é ter:honra, disciplina,dignidade, piedade, amor e força.
     O ser de ser é ser o que ser o ser em si então o ser é ser, ser o que você é isso é você é quem você é.
    Na verdade eu quero dizer seja quem você é mais nada é assim que é a razão puro destino e  escolha.
    é só dizer "eu sou quem sou".

                                          Para a tudo que tem vida
                                          Não existe limites
                                         Mais sim barreiras 
                                          nada é imposivel para os filhos de um ser divino

 

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O amigo do Oni - pt1

Há muitos e muitos anos, havia uma rocha enorme perto de uma aldeia. Certo dia, um dos moradores da localidade teve uma experiência estranha. Quando passava perto da rocha, ouviu uma voz sair de dentro dela. O acontecido espalhou-se rapidamente entre os aldeões e muitas pessoas foram ao local para confirmar a história. Ao ouvir vozes, pensaram que havia pessoas falando atrás da rocha, porém logo verificaram que não havia ninguém por lá. Então, passaram a chamar a enorme pedra de Rocha Misteriosa.

Certa ocasião, um samurai chamado Sasaya Hirokazuemon passou pela aldeia montado em seu belo cavalo. Quando passava pela rocha, sentiu sonolência e resolveu descansar a sua sombra. Amarrou o cavalo num arbusto e tirou uma soneca.

De repente, acordou com o relincho de seu cavalo. Ficou surpreso ao ver que seu cavalo havia diminuído de tamanho e estava sendo sugado para dentro de um pequeno furo na rocha. Os olhos do samurai ficaram perplexos ao ver que milhões de formigas estavam na corda puxando o cavalo. Então, o guerreiro agarrou a rabo do animal, que já estava totalmente arrastado para o furo. Mal agarrou a cauda, o samurai também encolheu de tamanho e foi arrastado para dentro do buraco. O samurai sentiu que estava sendo arrastado por um redemoinho profundo de cores e formas diversas.

As formigas desapareceram e o samurai e o cavalo foram deixados sobre um platô, dentro do buraco da rocha. Hirokazuemon percebeu que havia um vale a sua frente e nele uma pequena aldeia com algumas casas, plantações e pessoas trabalhando na lavoura. Notou também que havia seres com chifres na cabeça vigiando as pessoas que trabalhavam como escravos.

– Acho que estou na terra dos Oni (demônios).

Nesse momento, um ser muito feio aproximou se do samurai. Receoso, o homem tratou de demonstrar amabilidade pensando em salvar sua pele.

 – Gostou do meu cavalo? Podem ficar com ele!

– O que está dizendo? Nos oferece o seu cavalo amavelmente. Quanta gentileza, o cavalo será muito útil a nossa lavoura. Aqui, a terra é muito dura e precisa ser removida – disse o demônio, demonstrando bom humor.

Hirokazuemon sentiu-se aliviado, pois tudo indicava que o demônio não pretendia acabar com sua vida. O monstro pegou as rédeas do cavalo e disse:

– Vou lhe dar algum dinheiro em troca do cavalo. Vocês humanos sempre estão precisando de dinheiro.

O samurai ficou admirado com a grande quantidade de dinheiro que o demônio lhe deu. Era equivalente ao preço de muitos e muitos cavalos...

O amigo do Oni - final



Só peço que nunca mencione a ninguém, a existência deste lugar – disse o demônio antes de se afastar, levando o cavalo.
O samurai que ficou rico resolveu abandonar sua função no castelo, e estabeleceu-se numa aldeia próxima, onde adquiriu uma bela casa. Passava o dia inteiro sem fazer nada e bebendo saquê nas tavernas. Não tardou muito para que o dinheiro ganhado do demônio fosse totalmente gasto. Assim, tornou-se um pobre beberrão.

Como não tinha mais dinheiro, o taverneiro negou-se a vender-lhe saquê, alegando que ele não tinha como pagar. 

Então, o ex-samurai, que já tinha bebido bons goles a custa dos aldeões, disse orgulhoso:
– Sou amigo do Oni, posso conseguir muito dinheiro quando quiser!

Os homens que estavam bebendo na taverna riram da declaração de Hirokazuemon. Inconformado, ele reagiu, quebrando a promessa que havia feito ao demônio.

– Vocês estão duvidando? Pois digo que a morada dos demônios é abaixo da Rocha Misteriosa. Eles me dão quanto dinheiro eu necessitar, só preciso que me arranjem um cavalo.

Os aldeões riram bastante quando Sasaya Hirokazuemon contou toda história. Porém, como estavam todos eufóricos, resolveram levar avante a brincadeira. Trouxeram um cavalo e exigiram que o homem provasse o que estava dizendo.

Quando chegaram junto à Rocha Misteriosa, procuraram exaustivamente pelo furo, mas nada encontraram. De repente, Hirokazuemon experimentou um sentimento estranho – como se alguém estivesse rindo dele de modo horripilante. Os aldeões tiveram a mesma sensação e, arrepiados de medo, saíram correndo do local.

Hirokazuemon sentiu-se arrastado por um redemoinho profundo e multicolorido. Quando retomou os sentidos, estava ajoelhado diante do demônio. Ao levantar os olhos, descobriu que estava diante de um tribunal sendo julgado. Era a corte de Emma-o, o Rei do Inferno, que, naquele momento, ditou a sentença:

– Este homem gastou inutilmente todo dinheiro que lhe demos. Não praticou nenhuma boa ação e não deu um centavo sequer aos necessitados. Por isso, está condenado ao trabalho forçado eternamente em nossa lavoura.

Naquele momento, Sasaya Hirokazuemon entendeu que o dinheiro recebido era uma chance que os demônios estavam lhe dando para mudar de vida. Porém, infelizmente, ele a havia desperdiçado.

A divinidade do Monte Fuji

Na segunda década do ano mil, a aldeia de Kamiide, na província de Suruga, no Japão, foi tomada por um surto de varíola. As pessoas ficaram muito mal e começaram a morrer seguidamente. Todos os dias, havia lamentações pela perda de entes queridos por parte de seus familiares. Nessa ocasião, a mãe de um jovem aldeão chamado Yosoji também caiu doente, trazendo-lhe grande preocupação. Então, o moço procurou um mago de nome Kamo no Yamakiko em busca de cura.
O mago disse ao jovem que procurasse um riacho a sudoeste do Monte Fuji.
– Na nascente desse riacho, existe um santuário dedicado a Okinaga Sukuneo, o deus da Longevidade. Tome dessa água e leve-a para sua mãe beber. Essa água é um santo remédio.
O jovem, então, cheio de esperança, caminhou mata adentro, enfrentando grandes perigos, pois, naquela época, a floresta em torno do Monte Fuji era habitada por animais selvagens.
Depois de uma árdua e demorada caminhada, chegou a um ponto onde a trilha se dividia em três rumos a tomar. Enquanto tentava decidir em qual direção deveria seguir, apareceu por lá uma belíssima jovem vestida de branco, que disse:
– Sei que você é um filho dedicado. Não mede esforços em busca da cura para enfermidade de sua mãe. Siga-me, que levarei você até a nascente do riacho.
Os dois penetraram na floresta e andaram durante muito tempo. Finalmente, chegaram a um Torii (portal sagrado) próximo de uma rocha de onde jorrava um fio de água. Essa fonte era o santuário natural dedicado ao deus da Longevidade.
– Beba a água e encha a cuia para levar para sua mãe – disse a linda jovem.
Depois, ela acompanhou Yosoji até o ponto onde se encontraram e recomendou:
– Estarei lhe esperando daqui a três dias, pois você vai precisar de mais goles desta água para sua mãe.
Depois de cinco visitas ao santuário do deus da Longevidade, acompanhado da bela jovem, Yosoji estava muito feliz, porque sua mãe havia melhorado e também os vizinhos a quem ele distribuiu a água. Quando contou a sua mãe todo o ocorrido, ela lhe disse que gostaria de saber o nome de tão bondosa criatura.
Os aldeões mostraram-se agradecidos e foram reverenciar o bravo Yosoji e o mago Kamo no Yamakiko com muitos presentes. O moço, porém, sentiu que deveria agradecer à linda jovem que o guiou para que pudesse encontrar a fonte sagrada. Assim, resolveu voltar ao santuário do deus da Longevidade, na esperança de encontrar a bela mocinha.
Ao chegar no local, viu, surpreso, que a fonte havia secado. Sentiu uma grande tristeza e, ajoelhado, rezou pedindo ao deus da Longevidade que lhe proporcionasse um encontro com aquela jovem, pois queria agradecer por tudo que ela havia feito por sua mãe e pelos aldeões. Quando se levantou, viu que a moça estava em sua frente.
– Você não devia ter vindo aqui. Sua mãe e os aldeões estão curados, portanto não há razão para você vir até aqui.
– Eu vim porque ainda não lhe agradeci suficientemente pelo pronto restabelecimento de minha mãe e de todos os aldeões.
Assim, o moço agradeceu em seu nome e de toda aldeia pela ajuda que ela havia prestado. Em seguida, expressando um desejo de sua mãe, perguntou o nome dela.
– Meu nome pouco importa. E o que fiz dispensa agradecimentos. Eu guiei você até a fonte porque o deus da Longevidade me pediu. Disse-me ele que seu amor de filho é algo tão admirável que merecia ajuda. De sorte, você ajudou toda a aldeia, tanto que a fonte chegou a secar. Mas ela voltará a verter águas sagradas quando o povo necessitar novamente de ajuda e surgir outra alma bondosa como a sua querendo auxiliar seus semelhantes.
Em seguida, sem dizer seu nome, mas sempre com um sorriso amável, a bela jovem de branco sacudiu um ramo de camélias, como se estivesse chamando alguém. Em resposta ao aceno florido, desceu uma pequena nuvem do Monte Fuji na direção onde eles estavam. A linda jovem subiu na nuvem e esta se locomoveu levemente com uma pluma. Carregando a jovem, transportou-a em direção do monte sagrado. Vendo-a flutuando no espaço sobre a nuvenzinha, Yosojo entendeu que seu guia havia sido ninguém menos que Sengen-sama, a deusa do Monte Fuji. Então, caiu de joelhos e ficou claro porque toda a aldeia havia recebido uma grande graça. A deusa, como lembrança, atirou lá do alto o galho de camélias floridas.
Yosoji apanhou o galho e plantou-o com carinho. Em pouco tempo, a planta transformou-se em uma grande árvore e, perto dela, foi erguido um santuário. O povo passou a adorar a árvore e dizem que o chá das folhas desse pé de camélia é, ainda nos dias de hoje, um santo remédio para muitos males.

Castelo de Nagoya






O Castelo de Nagoya (名古屋城; -jō) localiza-se em Nagoya, na Província de Aichi, no Japão.

História

A sua primitiva estrutura foi erguida por Shiba Yoshimune, por volta de 1525. Foi conquistado por Oda Nobuhide a Imagawa Ujitoyo em 1532, porém abandonado posteriormente.
Em 1610 Tokugawa Ieyasu ordenou aos diversos daimio que o auxiliassem na construção de um novo castelo no local. Essa nova estrutura foi concluída em 1612. Até à Era Meiji, este foi o lar do clã Owari da família Tokugawa.
Sobre a cúpula do castelo encontram-se os dois delfins dourados (kinshachi, em japonês), que se afirma serem um símbolo da autoridade do senhor feudal.
Durante a Segunda Guerra Mundial o castelo foi completamente destruído por um incêndio, perdendo-se a maioria de seus objetos de valor; contudo algumas pinturas sobreviveram e encontram-se preservadas até aos nossos dias.
Os trabalhos de reconstrução do castelo foram concluídos, modernamente, em 1959.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Heian

O período Heian (japonês: 平安時代, Heian-jidai, "período da paz") é a última divisão da história clássica do Japão, situando-se entre os anos 794 e 1185. Foi o período da história japonesa em que o confucionismo e outras influências da cultura chinesa estavam em sua plenitude. O período Heian é considerado o auge da corte imperial japonesa, e foi um período voltado para o desenvolvimento das artes, especialmente poesia e literatura.

História

O período Heian teve início em 794, após a mudança da capital do Japão para Heian kyō (atualmente Kyoto), pelo quinquagésimo imperador japonês, Kammu. O período é notório pela ascensão da classe samurai e pelo desenvolvimento de uma cultura muito admirada nos períodos seguintes.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Akechi Mitsuhide

Akechi Mitsuhide - (明智光秀, 1528? - 2 de julho de 1582), apelidado Jūbei Yagyu ou Koretō Hyuga no Kami (惟任日向守), era um samurai e general que viveu durante o período Sengoku do Japão feudal.
Mitsuhide servia ao Daimyo Oda Nobunaga. Fez muitas campanhas vitoriosas em proveito do seu senhor feudal e, depois de muitas humilhações, se revoltou no ano 1582 contra Nobunaga, e o forçou a cometer seppuku.

Primeiros anos e ascensão

Nascido na província Mino, atualmente Prefeitura de Gifu, descendente do clã shugo Toki, Mitsuhide começou a servir Nobunaga após a última conquista da província de Mino, em 1566 e recebeu o feudo Sakamoto (na antiga provínca japonesa de Omi) em 1571. Embora fosse raro que Nobunaga depositasse muita confiança em seus vassalos, ele confiava particularmente em Katsuie Shibata, Hideyoshi Hashiba, e Akechi Mitsuhide. Após ter recebido Sakamoto, Mitsuhide se mudou para pacificar a região de Tamba, derrotando vários clãs, como o Isshiki do Tango

Traições

Em 1579, Mitsuhide capturou o Castelo Yakami, de Hatano Hideharu, mediante um tratado de paz, o que representou o cumprimento de seus objetivos. Porém, Nobunaga traiu o acordo de paz e executou Hideharu. Isto desagradou a família Hatano e, logo em seguida, vários vassalos de Hideharu assassinaram a mãe (ou tia) de Akechi Mitsuhide. A situação foi desencadeada por uma série de insultos públicos de Nobunaga dirigidos para Mitsuhide, fato que inclusive chamou a atenção de alguns observadores ocidentais. Mitsuhide culpou Nobunaga pela morte de sua mãe e, no Incidente de Honnōji, em 21 de junho de 1582, exigiu a sua vingança.
Mitsuhide foi responsabilizado pela morte de Oda Nobunaga. Apesar de não o haver executado pessoalmente, ele o fez cometer seppuku devido à traição e ao subseqüente assassinato de sua mãe. Quando Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu souberam do assassinato, ambos se apressaram para serem o primeiro a vingar Nobunaga e assumir seu lugar. Hideyoshi chegou à Mitsuhide mais cedo, e aliados de Mitsuhide, como Hosokawa Fujitaka, o traíram. Ele sobreviveu por 13 dias até que foi derrotado por Hideyoshi na Batalha de Yamazaki.
Segundo rumores, Mitsuhide foi morto por um camponês armado com uma lança de bambu. Entretanto, também há rumores segundo os quais ele não foi assassinado, mas começou nova vida como um sacerdote de nome Tenkai.

Linhagem

A Família Akechi foi capaz de rastrear sua genealogia até o clã Toki, e deste até o clã Minamoto. Nota-se que Minamoto Yoritomo trouxe a destruição do clã Taira, da mesma forma Mitsuhide trouxe um fim a Nobunaga que, por sua vez, traça seus ancestrais até o clã Taira.
A espada de Mitsuhide é do estilo Tensho. Na realidade, a espada de Tensho Koshirae foi inicialmente concebido para ser uma réplica da espada do próprio Akechi Mitsuhide.

Oda Nobunaga




Oda Nobunaga (em japonês: 織田 信長) Oda Nobunaga (23 de Junho de 1534 - 21 de Junho de 1582) foi um grande daimyo do período Sengoku da história japonesa. Filho de Oda Nobuhide, um guerreiro de menor importância e poucas terras na província de Owari. Nobunaga Oda nasceu em 23 de Junho de 1534 no castelo de Nagoya e foi dado seu nome de infância de Kippōshi (em japonês: 吉法師?). Sua mãe era Gozen Tsuchida esposa de Nobuhide, fazendo ele ser o primeiro filho legítimo; depois disso, aos dois anos se tornou o dono do castelo de Nagoya. Através da infância e começo da adolescência, ele era muito bem conhecido por seu comportamento bizarro e recebeu o nome de Owari no Ooutsuke (em japonês: 尾張の大うつけ Tolo de Owari).
Com a introdução de armas do fogo no Japão, entretanto, ele ficou conhecido por seu afeto pelas armas de fogo Tanegashima. Ele também era conhecido por correr com outros jovens da área, sem qualquer consideração por seu próprio ranking na sociedade.
Nobunaga casou-se com Nōhime, filha de Saitō Dōsan, por estratégia política; contudo, ela não gerava nenhuma criança e foi considerada estéril. Foi as suas concubinas Kitsuno e a Senhora Saka que geravam seus filhos. Foi Kitsuno que deu à luz ao filho mais velho de Nobunaga, Nobutada. O filho de Nobutada, Hidenobu Oda, se tornou o soberano do clã Oda depois das mortes de Nobunaga e Nobutada.
Nobunaga viveu uma vida de contínuas conquistas militares até conquistar quase todo o Japão, quando suicidou-se em 1582.
No que diz respeito à força militar, os sonhos revolucionários de Nobunaga não somente mudaram a maneira de guerrear-se no Japão, mas também, no processo, criaram uma das forças mais modernas do mundo de sua época. Ele desenvolveu, implementou e expandiu o uso de lanças de longo alcance (anticavalaria), armas de fogo, navios blindados e fortificações de castelos, em perfeito ajuste a batalhas envolvendo grande número de guerreiros, o que era comum à época. Nobunaga também instituiu um sistema de classes guerreiras especializadas escolhendo posições para seus súditos e demais cidadãos sob seu julgo de acordo com suas habilidades, e não somente pelo nome, ranking ou relação familiar que tivessem, como tinha sido feito em períodos históricos anteriores. Seus súditos também ganhavam terras de acordo com a quantidade de arroz que pudessem produzir, não pela extensão de suas terras. Esse sistema de organização, em especial, foi muito utilizado e desenvolvido por seu aliado Tokugawa Ieyasu na formação do xogunato Tokugawa em Edo.
O domínio e a grande inteligência de Nobunaga não se restringiam ao campo de batalha, pois ele também era um homem de negócios e entendia muito bem tanto os princípios de micro como os de macroeconomia. Primeiro, para modernizar a economia a partir de uma base agrária para atingir uma com base em manufatura e serviços, ele desenvolveu cidades-castelos que vieram a ser tanto os centros como as bases de economias locais. Em áreas sob seu controle, ele também construiu estradas entre essas cidades-castelos, não só com o objetivo de facilitar o comércio, mas também para que pudesse mover seu batalhões através de grandes distâncias em um curto espaço de tempo. O comércio internacional também foi expandido para além da China e da península Coreana até a Europa, ao mesmo tempo em que o comércio nambam (bárbaro) com as Filipinas, Sião e a Indonésia também era posto em prática.
Nobunaga também implantou medidas rakuichi rakuza como meio de estimular o comércio e a economia em geral. Essas políticas aboliram e proibiram monopólios, além de liberalizarem sindicatos, associações e guildas, que antes eram proibidas por serem vistas por Nobunaga como um impecílio ao comércio geral. Ele também desenvolveu isenções de impostos e estabeleceu leis para regular e facilitar empréstimos.
Ao conquistar o Japão do período Sengoku, Nobunaga acumulou grandes riquezas, gradualmente aumentando seu investimento em arte e cultura, o que sempre lhe tinha interessado. Mais tarde, porém, usou-se delas como mostra de seu poder e prestígio. Construiu vastos jardins e castelos que eram, em si mesmos, grandes obras de arte. Diz-se que o Castelo Azuchi, erigido às bordas do Lago Biwa, é o mais grandioso castelo do Japão, coberto de ouro e estátuas no exterior, e decorado com telas fixas, portas corrediças, paredes e pinturas no teto do lado de dentro feitas por seu súdito Kano Eitoku.
Nobunaga é lembrado no Japão como um dos personagens mais brutais do período Sengoku. Ele adotou o Cristianismo quando a religião infiltrou-se no Japão e a usou como desculpa para perseguir os monges de Ikko. Durante este período, seu súdito e mestre-de-chá Sen no Rikyu criou a cerimónia do chá, que Nobunaga difundiu, originalmente com a intenção de discutir política e negócios. O kabuki moderno também teve seu começo durante esse período, sendo completamente desenvolvido no início do período Edo.
Pelo fato de Nobunaga ser cristão (seu nome cristão era Gerônimo) e pela insensibilidade com que esmagou os Ikkoshu, conclui-se que ele não tinha o menor respeito pela religião tradicional. Em 1571, chacinou cerca de três mil monges do templo Enryakuji, no monte Hiei, um poderoso núcleo político e religioso do início do período Heian, porque aquele mosteiro o desafiara militarmente. Nobunaga era implacável com todo aquele que lhe fizesse frente, mas não deixava de reconhecer a autoridade imperial, nem a autoridade de outros templos e santuários desde que não pusessem em causa a sua hegemonia.
A tentativa de Oda Nobunaga para unificar tenka foi suspensa. Em 1582, enquanto ele e os seus companheiros estavam em Honnoji em Kyoto, Nobunaga foi surpreendido e assassinado por Akechi Mitsuhide, um dos seus principais generais. Os guerreiros de Nobunaga delegaram em Mitsuhide, que foi destronado dois dias depois por outro general de Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi (1536-1598), que lhe sucedeu como o novo tenkajin.
Uma frase pode resumir o estilo de Oda Nobunaga: "Se o pássaro não canta, eu o mato."

 ESSE É ODA NOBUNAGA E SUA HISTORIA.

                                                 Leia o proximo nome:Akechi Mitsuhide

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A carpa que virou dragão







A carpa subindo significa força para alcançar os objetivos e uma carpa descendo significa que os objetivos foram alcançados, a mitologia diz que as carpas sobem o rio para se tornar um dragão na volta, por isso somente carpas descendo podem ter aquela cara de “mau” característico, semelhante a um dragão.
“O Huang Ho (Rio Amarelo) atravessa toda a China. Para atingir sua fonte, a carpa / koi precisa nadar através de vales cheios de cachoeiras até a montanha Jishinhan. A lenda diz que se uma carpa / koi conseguir subir pela cachoeira Longmen Falls (Portão do Dragão), ela se transformará em dragão. Por causa da lenda, as carpas / kois se tornaram um símbolo de sucesso em vida.”
As folhas próximas ao desenho da carpa representam o caminho até os céus que as carpas tem que seguir..